Principais mudanças nas novas diretrizes brasileiras de Hipertensão Arterial

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A hipertensão arterial sistêmica (HAS) continua sendo uma das condições crônicas mais comuns no Brasil e no mundo. Ela é silenciosa, mas está entre os principais fatores de risco para infarto e AVC, causas importantes de morbimortalidade cardiovascular.

Diante desse cenário, a atualização das Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial é fundamental. O documento, publicado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), traz mudanças que buscam melhorar o diagnóstico, o manejo e a adesão ao tratamento, com foco na personalização do cuidado.

Diagnóstico mais precoce e mais preciso

Um dos principais avanços está na forma de avaliar a pressão arterial. Agora, os médicos estão dando ainda mais atenção à medição fora do consultório. As novas diretrizes reforçam a importância dessa prática.

A pressão deve ser medida em diferentes contextos e horários, com destaque para:

  • MRPA (Monitoramento Residencial da Pressão Arterial) — o paciente mede a pressão em casa, em dias consecutivos;
  • MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial) — um aparelho registra as medições por 24 horas.

Esses métodos ajudam a identificar situações como o “efeito do avental branco” (pressão elevada apenas no consultório) e a hipertensão mascarada (pressão normal na consulta, mas alta em casa).

Novos limiares e avaliação de risco global

Os valores de referência da pressão arterial foram ajustados em alguns contextos, e agora as decisões clínicas devem considerar o risco cardiovascular global do paciente, e não apenas o número do esfigmomanômetro.A nova abordagem propõe: 

  •   Pacientes com pressão arterial (PA) 120/80 mmHg ou mais, já devem receber orientações de mudanças no estilo de vida, reforçar autocontrole e monitoramento ;
  • Todos os pacientes já hipertensos devem manter a PA  < 130/80 mmHg, quando tolerada.
  • Avaliação individualizada, levando em conta idade, comorbidades e histórico familiar;
  • Integração de dados clínicos e laboratoriais para definir a melhor estratégia de manejo.
Essa mudança representa um avanço na prática clínica, estimulando o raciocínio centrado no paciente.

  • Estudos nacionais e internacionais, como os realizados pelo Coracentro, estão ajudando a validar essas novas abordagens e entender seu impacto no dia a dia clínico.  

Essa mudança representa um avanço na prática clínica, estimulando o raciocínio centrado no paciente.

Estilo de vida: a base do tratamento

Mais do que nunca, as diretrizes reforçam o papel das mudanças de estilo de vida como parte essencial do tratamento — tanto na prevenção quanto no controle da pressão.

Recomendações principais:

  • Reduzir o consumo de sal;
  • Alimentação rica em frutas, verduras e grãos integrais;
  • Atividade física regular;
  • Controle do estresse e qualidade do sono.

Essas medidas são eficazes isoladamente e potencializam o efeito dos medicamentos, quando necessários.

Tratamento mais personalizado

O novo protocolo propõe combinações iniciais de fármacos em muitos casos, com o objetivo de aumentar a eficácia e facilitar a adesão do paciente.

Principais pontos:

  • Combinações de baixa dose logo no início podem reduzir a necessidade de ajustes frequentes;
  • Pacientes com comorbidades, como diabetes e doença renal crônica, têm orientações específicas;
  • A adesão é vista como um fator tão importante quanto a escolha do medicamento.

Em resumo, a diretriz busca uma prática mais individualizada, segura e centrada no paciente.

O que esperar daqui pra frente

O cuidado com a hipertensão está cada vez mais conectado com pesquisa e inovação.

Estudos nacionais, como os realizados pelo Coracentro, estão ajudando a validar essas novas abordagens e entender seu impacto no dia a dia clínico.

👉 Acompanhe os estudos em andamento no Coracentro e mantenha-se atualizado sobre as novidades em cuidados com o coração.

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